domingo, 16 de maio de 2021

A HUMILDADE COMO FERRAMENTAL DIRECIONADOR À ESCORREITA COMUNICAÇÃO ESCRITA EM ESPERANTO

A HUMILDADE COMO FERRAMENTAL DIRECIONADOR À ESCORREITA COMUNICAÇÃO ESCRITA EM ESPERANTO

 


Josenilton kaj Madragoa

 

Há uma perigosa erva daninha cultivada por alguns iniciantes do Esperanto. E essa erva daninha tem de ser arrancada logo, no começo da carreira do usuário da língua, do contrário pode virar um arbusto espinhoso e bem enraizado lá na frente. E que erva daninha é essa? É a construção de frases sem análise, de qualquer jeito, com erros lexicais, ortográficos e sintáticos, por falta de simancol, por achar que já sabe o bastante e por isso nem consulta o dicionário. É a doença da prepotência linguística, que, se não for tratada logo, pode gerar um aleijão intelectual incurável. Humildade é peça chave no estudo e na aplicação do Esperanto. As frases escritas devem ser construídas, esculpidas, montadas com o apoio do dicionário, via de regra. E geralmente o dicionário tem frases-exemplos de uso gramatical de grande parte das palavras, especialmente o PIV – PLENA ILUSTRITA VORTARO (https://vortaro.net/) e o REVO (https://reta-vortaro.de/revo/dlg/index-1f.html).  Há também o PREVO, com o mesmo conteúdo do REVO, mas que é um aplicativo baixável do Google Play e do Play Store, gratuitamente. De consulta também obrigatória é o dicionário Esperanto-português e português-Esperanto de Túlio Flores (http://vortaro.esperanto.org.br/).

Construir frases é um trabalho de paciência e persistência, até se sentir seguro e capaz de se expressar de forma razoável e aceitável nos processos comunicacionais, sem mais espinhar os ouvidos nem os olhos dos receptores de suas frases.

O hábito de construir frases racionalmente educa também os sentimentos e a emoção. Quanto mais calmamente a gente escrever, menos erros. Às vezes o pior inimigo da boa escrita  nem é o desconhecimento gramatical ou lexical, mas é o escrever no calor da emoção, o que costuma dar vazão à “desgramática do inconsciente”. Mas aí já é assunto para mais adiante.

Se agregar à calma a humildade de reconhecer que nada sabe e, portanto, se habituar a sempre consultar o bom e velho dicionário no momento de elaboração de cada frase escrita, a rápida tendência é se expressar cada vez melhor, não só por escrito, mas também no improviso da fala, agradando e massageando os ouvidos alheios e contribuindo para a uniformização do Esperanto no tempo e no espaço universais.

 

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